“Acho um erro não termos um programa como o CQC”, diz Maurício Meirelles

  • Por Jovem Pan
  • 11/02/2016 11h42

Humorista participou do Morning Show nesta quinta-feira (11)

Bruna Piva / Jovem Pan “Um erro não termos um programa como o CQC”

Em cartaz com o seu “Perdendo amigos”, Maurício Meirelles está em turnê por todo o Brasil com shows em que ele aborda diversos temas com leveza e bom humor, de maus tratos animais à casamento gay.

“É um nome que tem vários sentidos, primeiro sobre perder amigos e não perder a piada, e também porque estamos vivendo um mundo muito complicado com as redes sociais, em que qualquer opinião, você perde amigos. Todo mundo tem opinião, tem voz ativa, seus 140 caracteres para desovar o ódio. Me perguntam se as pessoas estão ficando mais chatas, mas eu acho que não, a voz para elas estão sendo mais ouvidas”, contou em entrevista ao Morning Show nesta quinta-feira (11).

Sucesso absoluto, um dos quadros, chamado de “Facebullying”, já há algum tempo faz sucesso entre o público, mas foi no último mês que ganhou destaque quando ele anunciou que o funkeiro Mr. Catra havia feito vasectomia.

“É um momento do show que eu gosto muito. A maioria que fiz foi com anônimos, mas com celebridade também é bem legal. Com o Catra foi por acaso, ele me ligou e foi no show, aí resolvi abrir o Facebook dele, criei a frase e saiu no Brasil inteiro. Em coisa de duas horas estava em todos os sites, também porque ele se esqueceu de desmentir”, relembrou, aos risos.

CQC na Band

Por anos repórter do “CQC”, o humorista comentou a recente discussão entre os antigos colegas de elenco, Rafael Cortez e Ronald Rios, que trocaram xingamentos no Twitter.

“Acho que por ser um programa muito individualizado, que cada um faz a sua pauta, gera aquela questão de ego. Acho que foi uma infelicidade discutir isso publicamente. Gosto dos dois, mas acho isso besta, parece que você quer mostrar para o Brasil quem é melhor”, considerou.

Em dezembro de 2015, a Band surpreendeu tanto a equipe quanto o público ao anunciar o fim do programa, sem dar maiores explicações, alegando apenas uma reformulação na grade de programação.

“Sinceramente? Acho que acabou porque passou do tempo. Era um programa de 2011, que em 2008 era muito à frente, mas que em 2015 ficou ultrapassado. Acho que a gente acabou não se adequando ao público de hoje, não soubemos direcionar isso, aí ele foi meio que morrendo, perdendo a essência. Quando você não tem mais relevância, é um caminho natural. O programa era muito comentado e parou de ser. Até porque quando entra dinheiro, patrocinador… você passa a ter uma certa precaução e não vai falar de uma série de coisas, o que vai dando uma ‘coxinhada’ no assunto”.

No entanto, sobre o possível retorno do humorístico em 2017, já levantado pela emissora, Meirelles é positivo: “Seria incrível, acho um erro nós não termos um programa como o CQC, do formato que era em 2008”.

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